quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Acronia

Caminhas distante
A falta de sorriso
È o que me faz criar

Quem iria se permitir?
O que me agrada é o desvio
O contentamento quando me vê

Finalmente sorri
Inquietantemente feliz
Desconcertas e reconstrói

Firme, não me deixa passar
Ainda bem...
Mais firme ainda,
Não me deixa fugir

Saltos, rodopios
Leves, certeiros
Atinges, redundante, o escape

Traz para si o que quer
É tão natural
Não há espantos

Derrubas certezas, previsões
Carpe diem...
Que se vá!

Agora é comigo
Desafiaste-me
Pois bem

Horas lutando
Contra a torrente do rio
Enxaquecas teóricas

Passados, presentes, futuros
Processos, acontecimentos, durações
Ínfimo real

Caminhos retóricos
Descortinam-se
Desfaço o tempo!

Carpe diem, noctum, eternum
Alethéia

Pedro Guimarães Pimentel

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sem título

Passo o tempo tentando entender
O que não se explica pela razão
Se meus sentidos soubessem falar

Coração, co-razão

Ordeno cada enlace das letras
Esperando que se professem os verbos
Emudeço a todo instante

Coração, co-razão

Aguardava que pudesse classificar
O que expande, treme, envolve
Desta feita não há o que ler

Coração, co-razão

Só compreendo quando uno
Sinto a conjunção que contempla
Assim entendo, assim entendes

Coração, co-razão

Superada a dialética
Desencorajada a problemática
Apresenta-se a solucionática

Coração, co-razão

Por fim, não nomeio
Temo que não abarque os significados
Que se crie um novo conceito

Coração, co-razão

Pedro Guimarães Pimentel

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Verbo Sentir

Só digo que há
Que não se esconde
Só digo que sinto

Só digo que há
Mas não me pergunte o nome
Só digo que vejo

Só digo que há
Mas não sei onde
Só digo que ouço

Mas não sei quando
Nem digo que penso

Não sei porquê
Nem digo que temo

Só dizes que há
Mas não sabe pra que
Só dizes que sente

Só digo que há
E que não tem pra que
Só digo que vivo
Só dizes que vives

Pedro Guimarães Pimentel

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Revolução

Quando o meu peito se escondia
De uma dor, de uma paixão
A cada passo, a cada dia
É que se fazia
A anarquia no meu coração

Pobre de mim, eu nem sabia
Que fantasia, é viver num mundo cão
Hoje ando à revelia
Da tirania
Que decretou a solidão

Esse estranho sentimento
Que rebelou meu coração
É um doce acalento
De liberdade
Que diz mais sim do que não

Revoltado pensamento
Hoje não vive de ilusão
Gasto todo orçamento
Da felicidade
E vivo intenso essa emoção

Pedro Guimarães Pimentel

domingo, 24 de maio de 2009

Novidade

Agora posso dizer que te gosto
Sem medo de que correrá
Pode dizer que não quer
Sem que me afunde em lágrima

O nosso caso começa hoje, aposto
Antes que a Lua esvazie, entenderá
Que o bem que a companhia nos fizer
Levará o vento toda lástima

Verás o sorriso em meu rosto
Cada Sol de teus olhos brilhará
E, bem intenso, cada momento que vier
Trará consigo uma nova rima (máxima)

Agora posso dizer que te gosto
O nosso caso começa hoje, aposto
Verás o sorriso em meu rosto

Sem medo de que correrá
Antes que a Lua esvazie, entenderá
Cada Sol de teus olhos, brilhará

Pode dizer que não quer
Que o bem que a companhia nos fizer
E, bem intenso, cada momento que vier

Sem que me afunde em lágrima
Levará o vento toda lástima
Trará consigo uma nova rima (máxima)

Pedro Guimarães Pimentel